domingo, 31 de março de 2013

X Semana Espírita de Seropédica - VIVER VALE A PENA!

Iniciou em 29 de março o planejamento para a X Semana Espírita de Seropédica (X SEMES).

Estavam presentes na reunião representantes do Centro Espírita Paulo de Tarso, do Centro Espírita Apóstolo Lucas e do Núcleo Espírita Universitário da UFRRJ.



O tema central será:  

Viver Vale a Pena!

Como temas específicos ficaram definidos:
VIVER COM QUALIDADE
O DIREITO DE VIVER
EDUCAÇÃO PARA A VIDA
VALORIZE SUA VIDA
A VIDA EM DOIS PLANOS

e fechando a semana: JESUS E RENOVAÇÃO

Em dias de turbulência e incertezas quanto ao futuro, acreditamos que os temas escolhidos serão esclarecedores e consoladores.

A X SEMES ocorrerá de 5 a 10 de agosto de 2013 na UFRRJ.


Palestra em Piraí dia 13 de abril


domingo, 10 de março de 2013

O Caminho de Emaús, entre a dúvida e a fé


             A dúvida é um sentimento comum entre os discípulos de qualquer denominação religiosa, pois é um sentimento humano, que influencia as nossas escolhas e decisões.
            Ela não é sempre negativa por permitir questionamentos, investigação, a correção de erros e o desenvolvimento do senso crítico, porém, o excesso de dúvida ou a permanência nela causam atrasos de toda sorte, pois a pessoa estaciona, não avança por não saber aonde ir e que decisão tomar.
            O relato evangélico do caminho de Emaús retrata este momento de dúvida, vivenciado pelos discípulos de Jesus, e sua superação. Podendo esta alegoria ser aplicada a muitos de nós.
            No evangelho de Lucas (24: 13-35) está descrito o relato completo, do qual apenas estou transcrevendo as partes principais. Relata Lucas que dois discípulos de Jesus, vindo de Jerusalém se dirigiam a Emaús. Durante a caminhada eles comentam sobre os acontecimentos recentes, os milagres e ensinamentos de Jesus, seu julgamento, crucificação e o desaparecimento do corpo. Enquanto eles caminham, Jesus se junta a eles, que não o conhecem, e exclama: ‘Que palavras são essas, que, caminhando, trocais entre vós e por que estais tristes?’
            Um dos  peregrinos relata os acontecimentos, terminando:
            ‘E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, com tudo isso, é já hoje o terceiro dia que estas coisas aconteceram. É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive. E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro e acharam ser assim como as mulheres haviam dito, porém, não o viram.
E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!’
            Jesus então lhes explica as escrituras e vai com eles à aldeia, sendo que lá ele fez como quem ia para mais longe, porém os discípulos o constrangem a ficar. Durante o jantar,  estando com  eles à mesa, Ele foi reconhecido ao partir o pão. Consta no evangelho: - Abriram-se-lhes, então, os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes.
            Este relato possui pontos de estudo e advertência importantes para todos quantos se dispõe a seguirem os ensinamentos do Cristo.
            A chegada ao espiritismo ocorre pelos mais diversos motivos, porém muitos deles se ligam a necessidades ou sofrimentos, dos quais o portador deseja se eximir.  Em freqüentando a Casa Espírita, estudando a doutrina, aprendemos os conceitos espíritas e recebemos a consolação das dores. O espiritismo é o consolador por natureza, ao fornecer o antídoto contra o sofrimento, que são o amor e o desapego, a caridade, benevolência e a fé raciocinada.
            Sentimos Deus junto de nós, na forma dos benfeitores espirituais que nos auxiliam, mas, algumas pessoas sentem uma necessidade real ou fictícia, que acaba levando a um distanciamento do Centro Espírita. Saem da Jerusalém simbólica e, como os discípulos citados no evangelho, caminham, comentando sobre o aprendizado, com uma certa dose de dúvida sobre a realidade dos ensinamentos aprendidos.
            Muitas pessoas julgam que podem ficar em casa estudando sozinhos, pois assim também irão aprender o espiritismo, mas pode ocorrer o que houve com os discípulos, falhas de entendimento, ou elaboração de conceitos errôneos. Falta o apóio mútuo, a discussão de idéias, que apenas o conjunto consegue elaborar.
            Freqüentemente surge o desencanto. Os discípulos queriam que Jesus remisse Israel – fosse um grande conquistador terreno, milagroso. Similarmente, quantas pessoas não chegam ao Centro espírita ou ao espiritismo querendo que se realizem milagres – cirurgias espirituais, transformações milagrosas (o marido parar de beber, o filho mais responsável ao namorar, curas, etc) ou então o fenômeno mediúnico próprio ou dos outros freqüentadores. Quando o espetáculo não ocorre, os neófitos se decepcionam – ‘tem belos ensinamentos, mas não é aquilo que eu esperava’.
            Parece que o trabalho e a manutenção do Centro, como a evangelização, as reuniões e grupos de estudo não são o bastante para apaziguar o espírito sedento de paz e consolação.
            Nestes momentos lembremos que Jesus está sempre conosco, nós auxiliando e orientando. Em seu nome, nos acompanham os espíritos guardiões – que tem a tarefa de um pai sobre seu filho, com respeito a nós. Ou seja, velam pelo nosso bem estar, acompanham cada pensamento, decisão e ação que tomamos. Alegram-se com os acertos e entristecem-se com os erros.
            O espiritismo nós fornece o conhecimento necessário para a compreensão plena da finalidade da reencarnação e como viver de forma a aproveitar o melhor possível as oportunidades concedidas.
            No relato evangélico, Jesus poderia ter ido mais longe, tanto quanto o espiritismo poderia avançar mais e nós próprios também.
            Mas as pessoas ‘cansam’, não querem avançar, alegando que está de noite, estão velhos, ou jovens, estão sem recursos, ou com outro problema qualquer.
            Ficamos então estacionados em uma hospedaria – confortavelmente instalados na nossa vidinha comum – casa, comida, emprego e salário,  constrangendo Jesus a estacionar conosco. Constrangendo os benfeitores espirituais a ficar parados e ao Conhecimento a ficar estagnado - como se isso fosse possível....
            Muitas vezes este conforto paralisa a alma – Joanna de Angelis relata que o sofrimento é uma das ferramentas de burilamento do espírito. A dor faz parte do aprendizado, que pode ocorrer pelo amor ou pela dor, de acordo com as escolhas que realizamos.
            A religiosidade e a fé costumam despertar em momentos de crise, de dor, e arrefecer em momentos de conforto pleno – ‘não tenho problemas, porque deveria pensar em Deus ou na vida espiritual?’.
            No relato, Jesus apenas é reconhecido ao realizar um fato material – abençoar e partir o pão. Muitas pessoas reconhecem apenas o espiritismo ou descobrem a religiosidade ao passarem por uma experiência material, ligada a uma vivencia espiritual, como, por exemplo, o fenômeno mediúnico, a cura desejada, a mudança de comportamento do companheiro. Porém, após o fenômeno, a manifestação mais ostensiva se retrai, tanto quanto Jesus desaparece da vista dos discípulos, deixando a estes a liberdade de escolha do que fazer.
            Assim também ficamos com a escolha do que fazer.
            Voltar a Jerusalém significa o retorno à espiritualidade, à fé e à vivência espírita-cristã. Que saibamos nós manter firmes na fé ou retornar a ela, com a humildade e alegria dos discípulos do evangelho. Que saibamos manter a paz que Jesus nós legou.

Franziska  

Próximas palestras no CEPT:

Quinta - feira
DATA: 14/03/2013
TEMA: O Ponto de Vista
(Ref.: EE - Cap. II - Itens 5 a 7)
EXPOSITOR(A): Mariângela Alves
DIRIGENTE: Marco Antônio Silva
PÁGINA: Fonte Viva - Cap. 97


Sábado
DATA: 16/03/2013
TEMA: O Mecanismo de Ação das Preces
(Ref.: EE - Cap. XXVII - Itens 9 a 15)
EXPOSITOR(A): Deividson Santos
DIRIGENTE: Hilton Werneck
PÁGINA: Pão Nosso - Cap. 65

sexta-feira, 1 de março de 2013

Sobre a eficácia da prece e influência espiritual

 A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele, se aproximar dele e colocar-se em comunicação com ele. Pela prece pode se propor três coisas: louvar, pedir e agradecer.  Cultivando a prece fortalecemos e mantemos os vínculos com Deus, aproximamo-nos Dele e oferecemos aos seus mensageiros possibilidades de ação em nosso favor. Embora a prece não revogue as leis de Deus, ela fornece a fé, o entendimento da vontade de Deus e a firmeza necessária para enfrentar os desafios da vida.

Quando Allan Kardec indagou aos espíritos se a prece efetivamente era atendida por Deus e se este hábito era benéfico e fazia sentido, ele recebeu a seguinte resposta:


Livro dos Espíritros 665 –  “A prece chama para vós os bons espíritos, que vos dão forças de suportá-las (as provas) com coragem, e elas vos parecem menos duras. A prece não é jamais inútil, quando ela é bem feita, porque ela fortalece, e é já um grande resultado.  Ajuda te e o céu te ajudará, sabes disso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da natureza ao capricho de cada um, porque aquilo que é um grande mal sob o vosso ponto de vista mesquinho e a vossa vida efêmera, é, freqüentemente, um grande bem na ordem geral do universo. Depois, quantos males não há de que o homem é o  próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punido pelo que pecou. Entretanto, os pedidos justos são mais freqüentemente atendidos, como não pensais. Credes que Deus não vos tem escutado porque ele não fez um milagre por vós, enquanto ele vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Freqüentemente, ou o mais freqüentemente mesmo, ele vos suscita o pensamento necessário para vós tirar da confusão.”


Para estudar mais sobre os efeitos da prece, não deixe de comparecer na próxima palestra no CEPT.

DATA: 02/03/2013 - Sábado 17:00h
TEMA: A Qualidade e a Eficácia das Preces
(Ref.: EE - Cap. XXVII - Itens 1 a 8)
EXPOSITOR(A): Roberto Quaresma
DIRIGENTE: Nilma Batista
PÁGINA: Pão Nosso - Cap. 63

Já na quinta-feira , dia 07/03/2013 (19:30h) estará sendo discutido a mecanismo das Influências espirituais (Ref.: LE - P. II - Cap. IX - Questões 456 a 472), com o EXPOSITOR: Maurício Cordeiro Mancini.
Durante a palestra será exposto como ocorre a influência espiritual negativa e a positiva, como controlar efeitos indesejados e o que podemos fazer para sintonizar com os bons espíritos.

Abaixo seguem algumas das questões do Livro dos Espíritos que tratam da influência espiritual sobre o homem encarnado:

466 Por que Deus permite que Espíritos nos excitem ao mal?
– Os Espíritos imperfeitos são instrumentos que servem para pôr à prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Vós, como Espíritos, deveis progredir na ciência do infinito, e por isso passais pelas provas do mal para atingir o bem. Nossa missão é vos colocar no bom caminho e, quando as más influências agem sobre vós, é que as atraístes pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm vos auxiliar no mal, quando tendes a vontade de praticá-lo; eles não podem vos ajudar no mal senão quando quereis o mal.
Se sois inclinados ao homicídio, pois bem! Tereis uma multidão de Espíritos que alimentarão esse pensamento em vós. Mas tereis também outros Espíritos que se empenharão para vos influenciar ao bem, o que faz restabelecer o equilíbrio e vos deixa o comando dos vossos atos.
 É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha do caminho que devemos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.
467 Pode o homem se libertar da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?
– Sim, porque apenas se ligam àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos.
468 Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade do homem renunciam às suas tentativas?
– O que quereis que façam? Quando não há nada a fazer, desistem da tentativa; entretanto, aguardam o momento favorável, como o gato espreita o rato.
469 Como se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?
– Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!